domingo, 28 de novembro de 2010

Encerramento Semana Consciência Negra Ponto dos 100 Reis 2010


AIRÁ AHS
Antonio Heliton de Santana 
Às/aos quilombolas  e às/aos solidários  
O meu coração
Sob o toque sagrado
Das mãos dos alabês
Ao ritmo da minha intensidade de amor
Aos afrobrasileiros
O meu êxtase consciente
O meu sonho de um mundo
Gira da vida
De ajeum para todos
kizomba
Do Orum ao Ayê
Hoje
Pelas conquistas parciais
Amanhã
Pelos resultados previsíveis
Sempre
Pela obstinação ao aperfeiçoamento

Revolta Olodum (Olodum)

Composição: José Olissan/Domingos Sérgio
Retirante ruralista, lavrador
Nordestino lampião, salvador
Pátria sertaneja, independente
Antônio conselheiro em canudos presidente
Zumbi em alagoas, comandou
Exercito de ideais
Libertador , eu
Sou majin kabalaiada
Sou malê
Sou búzios sou revolta, arerê
Ohh corisco, maria bonita mandou te chamar
Ohh corisco, maria bonita mandou te chamar
Éo vingador de lampião
É o vingador de lampião
Êta cabra da peste
Pelourinho olodum somos do nordeste

Albúm de fotos:

Video:

terça-feira, 23 de novembro de 2010

1º Salão Internacional de Livros da Paraíba

Capital receberá renomados escritores no 1º Salão Internacional de Livros da Paraíba

De 20 a 28 de novembro, João Pessoa vai virar a capital brasileira do livro. Neste período será realizado, o 1º Salão Internacional de Livros da Paraíba, com mais de 80 mil livros expostos.

O evento será realizado no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa. serão 71 stands, com 400 expositores representando 500 livrarias do Brasil e dos oito países participantes do salão: Estados Unidos, França, Espanha, Venezuela, México, Peru, Argentina e Portugal.

Os escritores nacionais e internacionais virão expor suas obras literárias na Paraíba. Dentre os grandes nomes já confirmados estão Afonso Romário Santana, Marina Colassanti, Anaílde Antunes, Luis Fernando Veríssimo, Nélida Piñon e Ignácio Loyola Brandão.

Além de conferir as obras clássicas e os lançamentos, o publico que prestigiar o evento ainda poderá participar de oficinas, tanto para crianças quanto para adultos, palestras, workshops, atrações musicais e teatrais. Tudo isso, gratuitamente.

Os visitantes poderão conhecer o salão das 10h às 22h. A organização espera um público de cerca de  250 mil pessoas. 

A iniciativa é do Governo do Estado, em parceria com Universidade Federal da Paraíba, Academia Paraibana de Letras, Sebrae e Ministério da Cultura.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Arco de Turismo: Visita ao Forte de Santa Catarina e Praia de Jacaré (06/11/2010)

Albúm Arco de Turismo: Visita ao Forte de Santa Catarina e Praia de Jacaré (06/11/2010):

Forte de Santa Catarina do Cabedelo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Forte de Santa Catarina do Cabedelo, popularmente conhecido como Fortaleza de Santa Catarina, localiza-se sobre uma elevação arenosa ("cabedelo" = pequeno cabo) à margem direita da barra do rio Paraíba do Norte, atual município de Cabedelo, no litoral do estado da Paraíba, no Brasil.
Distante cerca de dezoito quilômetros de João Pessoa, representa um testemunho vivo das lutas contra os invasores holandeses da Região Nordeste à época do Brasil Colônia.

História

Antecedentes

A sua primitiva estrutura é confundida ora com o Forte de São Filipe (1584) (GARRIDO, 1940:60), ora com o Forte de Nossa Senhora das Neves (1585) (SOUZA, 1885:78), com a mesma função de defesa da barra do rio Paraíba do Norte e da povoação de Filipéia de Nossa Senhora das Neves (atual João Pessoa), na primitiva Capitania da Paraíba.

O Forte do Matos

BARRETTO (1958) remonta este forte, no Cabedelo, a 1586, guarnecido por 220 homens sob o comando do capitão João de Matos Cardoso, denominando o Forte do Cabedelo como Forte do Matos, dando-o como artilhado com dezoito peças (op. cit., p. 114). O contexto de sua construção é o do domínio da Dinastia Filipina, em Portugal.

O Forte de Santa Catarina

Em "taipa e area solta", esta primitiva estrutura foi arrasada durante o governo de André de Albuquerque por um ataque combinado de corsários francesas e indígenas (1591), foi reconstruído a partir do ano seguinte, em alvenaria de pedra e cal. Foi concluído em 1597 sob a invocação de Santa Catarina de Alexandria, padroeira da Capela do forte, e em homenagem a Dona Catarina de Portugal, Duquesa de Bragança. Nesse mesmo ano, uma esquadra de treze navios franceses desembarcou uma força de 350 homens, que atacaram o forte por terra (SOUZA, 1885:78). Durante a resistência ao assalto registrou-se a morte do comandante do forte, reassumindo o comando o Capitão João de Matos Cardoso (BARRETTO, 1958:114-115).
Em 1601 a sua guarnição era de um capitão comandante, um alferes, um sargento, um tambor, e vinte soldados armados com mosquetes; estava artilhado com três peças de bronze e nove de ferro. Em 1611, as peças de bronze foram refundidas em Pernambuco, e no ano seguinte, o seu efetivo era de 300 soldados armados com arcabuzes, a sua artilharia montando a onze peças (BARRETTO, 1958:116-117).

O Forte Novo da Paraíba

Reconstruído em 1618 pelo Engenheiro-mor e dirigente das obras de fortificação do Brasil Francisco de Frias da Mesquita (1603-34), auxiliou a defesa de terra contra um desembarque holandês comandado pelo Almirante Boudewign Hendrickszoon na altura da baía da Traição, em agosto de 1625. SILVA-NIGRA (1945) refere que esta estrutura foi levantada sob a invocação de São Luís (Forte de São Luís, Forte Novo da Paraíba) só sendo concluída em 1631-1632. Encontra-se cartografado por João Teixeira Albernaz, o velho, sob a legenda "E - Forte a que chamamos do Cabedelo" (mapa Paraíba ou rio de São Domingos. Livro que dá Razão do Estado do Brazil, c. 1616. Biblioteca Pública Municipal do Porto), e como Forte do Cabedelo (Mapa de Santo Agostinho à Paraíba, 1631. Mapoteca do Itamaraty, Rio de Janeiro), como um polígono quadrangular regular com baluartes pentagonais nos vértices.

 A invasão neerlandesa de Pernambuco

No contexto da segunda das Invasões holandesas do Brasil (1630-1654), a "Memória" de 20 de maio de 1630, oferecida ao governo neerlandês de Pernambuco por Adriaen Verdonck, refere-se a esta praça informando: "(...) na foz desse rio [que banha a cidade de Filipeia] há um forte em mau estado, com onze ou doze peças de ferro, chamado Cabedelo."
Ainda sob o comando do Capitão João de Matos Cardoso, em 1631, já com a invasão neerlandesa em progresso, o forte teve as suas defesas reforçadas, sendo guarnecido por duzentos homens e artilhado com dezoito peças (BARRETTO, 1958:117) de 10 libras, resistindo ao ataque de dezembro desse mesmo ano (16 navios, 1.300 homens sob o comando do Coronel Hartmann Gottfried von Stein Callenfels), no qual pereceu Jerônimo de Albuquerque Maranhão. As baixas neerlandesas ascenderam a duzentos mortos e cento e cinquenta feridos. Na ocasião, o forte estaria artilhado com quatorze peças de bronze e quarenta e duas de ferro. Após rechaçar o ataque neerlandês de 25 a 28 de fevereiro de 1634 (24 navios, 1.200 homens sob o comando de Sigismund van Schkoppe), sofreu melhorias sob a direção do engenheiro militar português Diogo Pais, passando a ser artilhada com seis peças de bronze e doze de ferro. Entretanto, uma nova frota neerlandesa (29 navios, 2.350 homens sob o comando de Schkoppe) chegou à Paraíba (3 de dezembro de 1634) e, durante o ataque ao forte iniciado no dia seguinte, veio a perecer o Capitão Matos, substituído no comando pelo Capitão Jerônimo Pereira (12 de dezembro de 1634; Francisco Peres de Souto, cf. BARRETTO, 1958:118), que perecendo a seu turno, foi substituído por Gregório Guedes Souto Maior. A 19 de dezembro uma frota neerlandesa vinda do Recife bloqueou a barra do rio Paraíba, alvejando o Forte de Santa Catarina, sitiado em seguida por tropas de terra. Ao mesmo tempo (23 de dezembro), caía o Forte de Santo Antônio que o apoiava, cruzando fogos da margem oposta na foz do rio Paraíba do Norte. A praça ainda resistiu por quinze dias, mas com as muralhas arrasadas, sem munição e com a artilharia danificada (dezoito peças), a guarnição rendeu-se com honras militares, entregando a cidade de Filipeia (e a Capitania da Paraíba) aos neerlandeses. A luta custou aos defensores oitenta e dois mortos e cento e três feridos.

O Forte Margareth

BARLÉU (1974) descreve as providências do Conde Maurício de Nassau (1604-1679), quando de sua visita em 1637, confiadas a Elias Herckmans, diretor da Paraíba:
"Fez Maurício restaurar na Paraíba o forte arruinado do Cabedelo ou de Santa Catarina e guarnecê-lo com um fosso mais largo e mais fundo e, por cima, com uma coiraça. Mudou-lhe Nassau o nome para o de Margarida, como se chama sua irmã." (op. cit., p. 76)
O próprio Nassau, no "Breve Discurso" de 14 de janeiro de 1638, sob o tópico "Fortificações", informa:
"O forte do sul [da entrada da barra do rio Paraíba do Norte] foi inteiramente feito por nós: arrasou-se o velho forte de Santa Catarina, que era muito pequeno, acanhado e de pouca resistência, e, no mesmo lugar e por fora dele, levantou-se este outro. Para o lado de terra tem um bonito baluarte, cujas cortinas correm para a praia do mar, tendo de um e de outro lado um meio-baluarte que se fecham por uma tenalha; a sua circunferência é bastante espaçosa, e as suas muralhas belas e elevadas; mas por causa das areias movediças, como sucede em todas as praias, não se pode ter fossos profundos; de qualquer modo é de grande resistência. Antes do nosso governo foi este forte empreitado, estando muito adiantada a conclusão dele; mas fomos nós que pagamos a maior parte das despesas. Custou 31.000 florins."
Adriaen van der Dussen complementa, atribuindo-lhe uma guarnição de quatro companhias, com um total de 360 homens:
"Na Paraíba, no porto ou barra, há (...) no lado sul do mesmo, o forte Margareta, que se estende para o interior como um bastião, apresentando, no lado que olha para o interior do país, um belo baluarte no meio e dois meio-baluartes, cujas cortinas, partindo dos meio-baluartes, correm em direção ao rio pela sua margem, encerrando-se com uma bateria; uma tenalha liga as cortinas que se encaminham em direção ao rio. É uma obra bonita e forte, com um fosso consideravelmente profundo, uma forte estacada em torno da berma e uma boa contra-escarpa no lado externo do fosso. Neste forte estão 14 peças de bronze e 42 de ferro, a saber: 2 de bronze de 24 libras, das quais uma espanhola, 7 de bronze de 15 lb todas espanholas, 1 de 12 lb, 4 de 10 lb, espanholas, todas montadas; as de ferro são: 4 de 10 lb, 7 de 8 lb, 8 de 1 lb [sic], sendo que destas só há 23 montadas e ainda um morteiro grande, de bronze, montado." (Relatório sobre o estado das Capitanias conquistadas no Brasil, 4 de abril de 1640.)
BARLÉU (1974) transcreve o Relatório de Dussen: "(...) o [forte] de Margarida, muito sólido por todo o gênero de fortificações, tendo fosso, trincheira, parapeito, quatorze canhões de bronze e quarenta e dois de ferro;" (op. cit., p. 144) Transcreve idêntico efetivo de 360 homens (op. cit., p. 146). Com relação à estacada, foi esta determinada por Nassau na iminência do ataque de uma frota espanhola ao Nordeste brasileiro holandês (c. 1639):
"(...) Ele próprio [(Nassau)], dirigindo-se à Paraíba, mandou restaurar as fortificações arruinadas, providenciando cuidadosamente todo o necessário à defensão desta província. Muniu o forte de Margarida com uma paliçada por estarem secos os fossos, que as areias trazidas pelas enxurradas haviam enchido." (op. cit., p. 159)
Os neerlandeses perderam o controle da cidade de Frederica (Filipéia de Nossa Senhora das Neves) em 1645, ficando restritos à ocupação deste forte e do Forte de Santo Antônio. Quando da capitulação no Recife (1654), estes foram abandonados e reocupados por forças portuguesas comandadas pelo Coronel Francisco de Figueiroa.

O atual forte

A reconstrução do forte foi ordenada pelas Cartas Régias de 28 de novembro de 1689 e de 29 de agosto de 1697, reiterada por ordens a esse respeito datadas de 28 de agosto de 1699 (BARRETTO, 1958:119-120). A planta inicialmente traçada pelo Sargento-mor Pedro Correia Rebello, foi mais tarde revisada e ampliada pelo Engenheiro Luiz Francisco Pimentel. Apresentava formato de um polígono irregular, com dois bastiões e quatro vértices. Tinha fosso com entrada pelo mar, dotado de contra-muralha até à ponte. A entrada fazia-se através de portada em arco pleno e colunas de pedra regular, encimada por brasão de armas.
Com as obras ainda incompletas em 1702, a Carta-Régia de 23 de maio de 1709 ordenou a construção de dois baluartes e duas cortinas, com cantaria vinda do reino como lastro de navios. Nesta ocasião a estrutura já contava com Casa do Governador, Casa do Comandante, Casa da Pólvora, Quartéis para a tropa, Capela e cacimba de água, estando artilhada com quarenta e duas peças de ferro e bronze de diversos calibres. A 17 de maio de 1718 foram expedidas novas ordens, reiterando a conclusão das obras iniciadas (BARRETTO, 1958:20). Um relatório do Engenheiro Militar, Brigadeiro José da Silva Pais (outubro de 1722), relaciona as obras necessárias:
  • Serviços de terraplenagem;
  • Desentulho dos fossos;
  • Parapeitos;
  • Cortinas;
  • Casa de Pólvora, à prova de bombas;
  • Contra-escarpa;
  • Estradas;
  • Plataforma de lajes de pedra;
  • Aquisição de 150 picaretas, 150 enxadas e pás de ferro,
das quais uma pequena parte foi executada em 1731, a saber:
  • Cobertura do Corpo da Guarda;
  • Abóbada do Portão;
  • Quatro Quartéis;
  • Casa do Comando;
  • Casa do Governador,
o que foi aprovado por Provisão Régia de 4 de novembro de 1733. Em 1735 várias estruturas ainda não haviam sido erguidas, e várias das existentes já se encontravam arruinadas (BARRETTO, 1958:120-121). O relatório de 2 de novembro de 1798, do governador da Capitania da Paraíba ao governo da Capitania de Pernambuco, expôs o estado de ruína do forte:
  • as muralhas sem reboco e sem parapeitos;
  • a ponte sobre o fosso, arruinada;
  • o fosso entulhado;
  • o Portão principal estragado;
  • a Capela em ruínas;
  • a Casa do Governador e a Casa do Comando em mau estado;
  • as paredes do Forte e dos Quartéis minadas por formigueiros (BARRETTO, 1958:121)

O século XIX

Durante a Revolução Pernambucana (1817), morto o seu comandante José de Mello Muniz, que aderira aos revoltosos, foi utilizada como presídio político, recebendo, entre outros, José Peregrino Xavier de Carvalho. Tomou parte na Confederação do Equador (1824). O Mapa anexo ao Relatório do Ministério da Guerra de 1847 relacionou-a como em ruínas, artilhada com quarenta e seis peças inutilizadas (SOUZA, 1885:79). Em 1855, o Ministro da Guerra, Pedro de Alcântara Bellegarde, solicitou recursos para a sua recuperação. No ano seguinte (1856), o então Marquês de Caxias solicitou uma verba de 20:000$000 (vinte contos de réis) para repará-la (GARRIDO, 1940:61). Nessa época, foi visitada pelo Imperador D. Pedro II, sob festas e regozijo popular (1859), quando de sua visita a João Pessoa.

O século XX

GARRIDO (1940) informa que, em 1906 e em 1909, as suas muralhas começavam a ruir, inclusive pela erosão das águas, e que, em 1930, as velhas peças ainda troavam (op. cit., p. 61). O imóvel, de propriedade da União, encontra-se tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) desde 24 de maio de 1938.
Administrado pelo Governo do Estado da Paraíba, sofreu intervenção de restauro entre 1974 e 1978, de acordo com a planta do século XVIII, valorizando suas arcadas.
A partir de 1991 o imóvel passou a ser mantido pela Associação Artístico-Cultural de Cabedelo, sendo criada, a partir de 22 de dezembro de 1992 a Fundação Fortaleza de Santa Catarina, que atualmente o administra.

Curiosidades

  • Neste forte foi celebrado o primeiro culto protestante da Paraíba, quando da conquista pelos neerlandeses, em janeiro de 1635;
  • Aqui, André Vidal de Negreiros repeliu os invasores neerlandeses.

Bibliografia

  • BARLÉU, Gaspar. História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil. Belo Horizonte: Editora Itatiaia; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1974. 418 p. il.
  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.
  • TONERA, Roberto. Fortalezas Multimídia: Anhatomirim e mais centenas de fortificações no Brasil e no mundo. Florianópolis: Projeto Fortalezas Multimídia/Editora da UFSC, 2001 (CD-ROM).
Fonte/site:

Praia fluvial do Jacaré
A Praia Fluvial do Jacaré ou Praia do Jacaré é uma área turística que faz parte do corredor turístico de João Pessoa. Nessa área estão concentrados bares, restaurantes, hotéis, casas de artesanato, casas de pescadores, etc.
Os turistas que conhecem a praia de Jacaré costumam ficar encantados com as belezas naturais oferecidas pela rica fauna e flora ali encontradas, mas sem dúvida, o espetáculo mais bonito é proporcionado pelo Sol, que se põe de mansinho, enquanto é saudado pelo Bolero de Ravel, que é executado diariamente por Jurandy do Sax nos bares instalados às margens do Rio Paraíba. A praia também é um local de pescaria e de esportes como o remo. Algumas pessoas vão à praia velejar.
O acesso à praia de Jacaré é feito pela BR-230, Estrada de Cabedelo, depois fazer contorno em Intermares e seguir pela Estrada do Jacaré.
Joseph M Ravel

        O genial compositor do Bolero, Joseph Maurice Ravel, filho de um engenheiro suíço, Maurice Ravel, nasceu em 7 de março de 1875 em Cibourne, França, localidade muito próxima à fronteira com a Espanha, revelando sua inclinação para o mundo musical em 1882, quando tinha sete anos. Seu primeiro professor de piano foi Henry Ghys, que ensinou Ravel até ele completar onze anos, passou então a conduta musical do garoto para Charles-René. Entretanto, Maurice era um menino que se divertia mais com as brincadeiras de garoto do que com as aulas de piano, começando a encarar o estudo com firmeza aos 14 anos, quando começou a estudar no Conservatório de Paris. Chegou a conhecer Satie em 1893, músico que seria uma de suas influências. Deixou o conservatório em 1895 para estudar individualmente e só voltou para estudar composição com Gabriel Fauré em 1898. Decepcionou-se em 1900 ao não ser bem-sucedido no grande concurso Prix de Rome. Deixou o conservatório definitivamente em 1901 e dedicou-se totalmente à composição desde então.
    Começou a mostrar seu virtuosismo ao piano ainda em 1901 com a composição Jeux d`Eau. Compôs o Quarteto de Cordas em 1903, mesmo ano do famoso ciclo de canções Shéhérazade, obra que consolidou sua reputação como compositor. Em 1905 teve sua inscrição no Prix de Rome rejeitada, fato que provocou grande polêmica na sociedade parisiense da época, tempos em que ele já convivia com figuras célebres da música, a exemplo de Igor Stravinsky e Manuel de Falla.
          Em 1909 foi morar sozinho, um ano depois da morte de seu pai. Compôs sua primeira ópera em 1911. Tentou se alistar na linha de combate francesa ao estourar a Primeira Guerra Mundial, mas foi rejeitado por suas aptidões físicas não satisfatórias. Todavia, conseguiu o alistamento em 1915, mas não combateu por ter de deixar o exército em 1917, por causa da morte de sua mãe.
          Recusou-se a receber a Legião de Honra, principal condecoração francesa, após a morte de Debussy, em 1918, sendo que em 1920 iniciou a compor pequenas peças e a orquestrar peças de outros compositores por volta. A decisão por tal tipo de trabalho o levaria a compor sua obra-prima e mais conhecida, o imortal Bolero, composto em 1928, sob encomenda da bailarina Ida Rubinstein que precisava da música para participar de um concurso de dança. A obra Concerto de Piano para Mão Esquerda, escrita em 1930, atendeu ao músico Paul Wittgenstein que perdera o braço direito durante a guerra.
          Em 1936 surgiam suspeitas de que Ravel possuía um tumor cerebral face sua destreza mecânica que apresentava, já há algum tempo, sensíveis limitações. Mesmo assim, ainda compunha com clareza, mas lhe faltava as aptidões físicas necessárias para mostrar suas obras no piano. No final de 1935 tentou uma cirurgia que comprovou não haver tumor algum em sua zona cerebral. Antes de recuperar a consciência dessa cirurgia, Maurice Ravel veio a falecer, em um triste inverno para a música francesa e mundial, no dia 28 de dezembro daquele mesmo ano.
 A Obra
          Sempre que se fala em música pré-modernista, ou impressionista, inevitavelmente cita-se o nome Ravel, justamente por ele ser um dos expoentes daquela escola. Apesar de ser um grande admirador de seu conterrâneo Claude Debussy, que muito o inspirou, Ravel tentou sintetizar as técnicas de Mozart, Liszt e Strauss, entre outros, para acrescentar à sua.
          Maurice Ravel foi um dos maiores compositores franceses de todos os tempos. Apesar de sua carreira como compositor não ter começado muito cedo (em comparação com outros músicos eruditos), possui um extenso currículo na área.
          Com influências diversas como Mozart, Liszt, Borodin, Schoenberg e Stravinsky, além de Debussy, Ravel testou vários estilos até encontrar o seu próprio. Apesar da mistura de influências, o impressionismo mostrou-se forte nas composições deste mestre da música. Mesmo mostrando total racionalidade em seu virtuosismo, dizia-se que Ravel, num estilo próprio e original, usava temas fictícios em suas composições, sempre ligados à magia, contos de fadas e coreografias encantadas.
          Sua primeira peça famosa foi Pavane pour une infante defunte, composta em 1900, quando Ravel tinha vinte e cinco anos. Escreveu duas óperas, mas ficou conhecido principalmente pelos seus balés. Dentre estes se destacam Daphnis et Chloé e, sua obra mais conhecida, o Bolero.
          Ravel ainda compôs inúmeras obras orquestrais e músicas para corais. Teve como mentor para sua criação orquestral o poeta Berlioz, seguindo sua linha ao compor a grandiosa Suíte Mamãe Gansa. Em sua famosa composição Shéhérazade conseguiu conciliar perfeitamente a voz à orquestração feita sobre a obra inicialmente para piano solo. Nos Trois Poèmes de Mallarmé, de 1913, usa a recitação de Berlioz como complemento à sua criação musical, porém sem ofuscar o brilho de seu próprio trabalho.
          Compôs ainda uma série de obras para piano solo, entre elas, as grandiosas Pavane pour une infante defunte (1900), Jeux d`Eau (1901), Miroirs (1905) e Valses Nobles et Sentimentales (1911). Ravel, porém, divertia-se mais ao compor músicas que pudessem receber acompanhamento vocal, provando isso em canções como as Cinco Melodias Gregas e as Duas Melodias Hebraicas, ambas obras para piano e voz.
 O Bolero
         Bolero (Boléro, no título original francês) é uma obra musical de um único movimento escrita para orquestra por Maurice Ravel. Originalmente composta para um Ballet, a obra, que teve sua première em 1928, é considerada a obra mais famosa de Ravel.
Composta entre Julho e Outubro de 1928 no Tempo di Bolero, moderato assai ("tempo de bolero, muito moderado"), o Bolero tem um ritmo invariável (escrito para semínima= 72, ou seja, com a duração teórica de catorze minutos e dez segundos), e uma melodia uniforme e repetitiva. Deste modo, a única sensação de mudança é dada pelos efeitos de orquestração e dinâmica, com um crescendo progressivo e uma curta modulação em mi maior próxima ao fim, mas retorna ao dó maior original faltando apenas oito compassos do final. Originalmente, na própria cópia da partitura de Ravel, a marca do metrônomo é semínima= 76, mas esta está riscada e 66 está substituindo a marcação original.[2] Ravel observa esta segunda marca na sua gravação com a Orquestra Lamoureux.[2] Mais tarde, outras edições do Bolero sugerem o 72.[3] Na primeira gravação de Piero Coppola,[4] a qual Ravel estava presente, o Bolero teve uma duração similar de 15 minutos e 40 segundos. Ravel, mais tarde comentou a um jornalista do Daily Telegraph que a obra duraria 17 minutos.[5]
Forma uma obra singular, que Ravel considerava como um simples estudo de orquestração. A sua imensa popularidade tende a secundarizar a amplitude da sua originalidade e os verdadeiros objectivos do seu autor, que passavam por um exercício de composição privilegiando a dinâmica em que se pretendia uma redefinição e reinvenção dos movimentos de dança. O próprio Ravel ficou surpreendido com a divulgação e popularidade da obra, muito devido às variações que numerosos maestros, incluindo Willem Mengelberg e Arturo Toscanini, introduziram nas suas interpretações.
A origem do Bolero provém de um pedido da dançarina Ida Rubinstein, que encomendou a Ravel a criação de um balé a caráter espanhol. Ravel pensou poder arranjar alguns extratos de Iberia, um conjunto de peças para piano de Isaac Albéniz, mas ele não pôde obter os direitos de fazer como desejava, pois Albéniz havia dado os direitos de arranjo a seu pupilo Ferdinand Enrique Arbos.
Em vez disso, Ravel compôs uma nova obra.
A estreia deu-se em Paris, na Ópera Garnier, em 22 de Novembro de 1928 sob direcção de Walther Straram, com coreografia de Bronislava Nijinska e cenários de Alexandre Benois. Uma das dançarinas foi Ida Rubinstein, e a peça causou escândalo devido à sensualidade da coreografia.

Curiosidades

  • Existe também um tipo de dança denominado Bolero.
  • O saxofone sopranino na partitura original é um saxofone em Fá; todavia, hoje há somente saxofones em Mi bemol. Não se sabe se alguma vez um saxofone sopranino em Fá terá existido, ou se Ravel pretendia uma transposição. Tanto as partes de saxofone como de saxofone sopranino são tocadas no saxofone soprano em Si bemol.
  • Por brincadeira a peça é por vezes chamada de "o mais longo crescendo do mundo".
  • O maestro português Pedro de Freitas Branco, amigo de Ravel, dirigiu uma execução lenta da obra (semínima = 54), o que fez com que a obra durasse 18m30s.
  • O Bolero é tocado diariamente na Praia do Jacaré em João Pessoa-PB durante o pôr-do-sol, pelo músico Jurandy do Sax.
  • A música pode ser ouvida em certos momentos do anime Digimon e do jogo Xenogears.
  • Em 1961, o dançarino e coreógrafo Maurice Béjart criou sua versão para o Bolero, tornando-a uma de suas obras mais importantes. Em 1980, a coreografia de Béjart foi reproduzida pelo bailarino argentino Jorge Donn no filme Retratos da Vida (Les uns et les autres), do diretor francês Claude Lelouch.
Fonte:
Biografia do Jurandir do Sax
Logo que chegou a Livramento, no Cariri Paraibano, com apenas cinco anos de idade, Jurandy já demonstrava seu fascínio pela música instrumental ao ver a Banda Municipal se apresentar, até que sua vontade e talento fossem percebidos pelo maestro.
Apesar de sua queda para a música instrumental, e de acordo com sua adolescência, não poderia deixar de ser influenciado pelos mitos da época, os Beatles e os Rollings Stones, além dos “conjuntos brasileiros”, de acordo com a linguagem da época, Fevers e Renato e seus Blue Caps, encontrando, assim, motivação para criar a primeira “banda de baile” de Livramento, Os Canibais.
O grupo foi uma ótima oportunidade para Jurandy aprimorar ainda mais seu talento. Os ensaios e apresentações lhe proporcionavam a chance de tocar não apenas os instrumentos de sopro, como clarinete e sax, mas também bateria, guitarra e baixo, além de cantar.
Necessitando se deslocar, diariamente, até Itapetim, cidade vizinha, mas já pertencente ao estado de Pernambuco, tocava em diversos grupos da localidade, e devido ao contato com músicos de outras cidades, era levado para tocar em outros conjuntos da região, entre eles, Bravos, do município de Tabira, e Aquarius, de São José do Egito.
Naquela época, de acordo com o costume de sua terra, casou-se muito cedo, aos 18 anos, e teve quatro filhos, Micheline, Roberta, Jorge e Tássia.
Ao se apresentar em diversos grupos da região, podendo tocar apenas os sucessos da época, Jurandy ressentia-se da oportunidade de poder praticar a música instrumental, por isso, apesar de estudar os instrumentos de sopro sozinho, quando corria o ano de 1980, resolveu se transferir para João Pessoa, com o intuito de aprimorar seu talento no gênero que tanto o agradava e cursar música na Universidade Federal da Paraíba.
Na capital paraibana passou a integrar a Banda de Musica Municipal, a famosa Banda 5 de Agosto (nome alusivo a data de fundação da cidade), regida, na época pelo maestro João Lopes. O concurso da Banda de Musica da Policia Militar do Estado da Paraíba, realizado no ano seguinte (1981) classificou Jurandy em primeiro lugar. Provavelmente, se naqueles anos, Jurandy tivesse se aventurado na carreira artístico-musical, teria alcançado grande sucesso. Todavia, devido às incertezas do meio artístico, e com a responsabilidade de sustentar a família, optou pela segurança do funcionalismo público-militar.
Chegando ao posto de segundo sargento músico na Banda da PM exerceu a função de primeiro clarinete solista, tocou sax tenor e participou do disco comemorativo do sesquicentenário da Policia Militar do Estado da Paraíba, gravando performances em clarinete, sax alto, sax soprano e sax tenor.
Enquanto militar teve uma rápida passagem pela Orquestra Sinfônica Jovem do Estado da Paraíba, não podendo lá permanecer, ou mesmo integrar o grupo principal da Orquestra Sinfônica da Paraíba, devido à imposição legal da Polícia Militar ao exigir dedicação exclusiva de seu efetivo.
Um pouco por causa de tal impedimento, mas principalmente pelo fascínio da vida artística, Jurandy pediu baixa da corporação, em 1988, passando a integrar Orquestra de Frevos do Maestro Vilô, tendo a oportunidade gravar, com esse grupo, seis LP’s (Long Plays).
Foi tocando na Orquestra de Frevos que Jurandy teve a oportunidade participar dos célebres e concorridos carnavais do clube Cabo Branco, dividindo, inclusive, o palco com a concorridíssima Orquestra Tabajara do famoso Maestro Severino Araújo.
Jurandy recorda com carinho as palavras de elogio que, mais de uma vez, recebeu do grande maestro Severino Araújo, pela suas performances e versatilidade. Também foi músico da Orquestra Tropical do Maestro Nino Araújo, como primeiro sax alto e ensaiador. Participando do primeiro seminário brasileiro de música instrumental realizado em Ouro Preto Minas Gerais, teve aulas com os renomados saxofonistas David Gang e Mauro Senise.
Sua vontade ferrenha de se qualificar continuamente o levou a conquistar, o seu diploma de bacharel em Música pela UFPB - Universidade Federal da Paraíba, com formação em clarinete. Da experiência acadêmica, obtida entre 1985 a 1991 Jurandy lembra com carinho e admiração dos professores, Maropo, Alberto Kaplan, Didier Guigue, Odair Salgueiro, Gerardo Parente, Clovis Pereira etc. além dos clarinetistas argentinos Carlos Riero e Santiago Aldana.
O sonho de gravar seu primeiro disco solo foi satisfeito em 1992, ano em que Jurandy resolveu se assumir, definitivamente, como saxofonista. Com repertório que incluía composições de Milton Nascimento, Luiz Gonzaga, do próprio Jurandy e de vários compositores da terra, a produção foi intitulada SAXOMANÍACO, em homenagem a uma música do maestro Severino Araújo que também fez parte do LP.
Jurandy foi apontado como o artista mais divulgado da Paraíba pela mídia regional, nacional e internacional, sendo responsável pelo produto turístico paraibano de maior sucesso, o pôr-do-sol do Jacaré com Jurandy do Sax tocando o Bolero de Ravel numa canoa que navega lentamente no Rio Paraíba, em frente aos restaurantes do Parque Municipal do Jacaré.
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