A professora levou seus alunos at� os jardins do col�gio para lhes falar sobre a natureza mostrando-lhes a natureza viva. Aproximou-se de um flamboyant, coalhado de flores, e perguntou aos alunos que �rvore era aquela. Alguns, disseram que era uma �rvore, apenas. Outros, que aquela �rvore era um flamboyant, pois em sua casa havia um semelhante. Uma menina falou que os flamboyants s� servem para fazer sujeira na cal�ada, quando derrubam as flores, pois isso � o que sua m�e diz sempre. Um garoto disse que seu pai havia cortado um, recentemente, pois suas ra�zes racharam o muro de seu quintal. Mas Pedro, menino de alma sens�vel, come�ou dizendo que via ali muito mais que uma �rvore. Disse que via as flores, muito belas por sinal, mas que tamb�m podia sentir seu suave perfume. Chamou aten��o para as abelhas que pousavam de flor em flor, e tamb�m dos p�ssaros que buscavam ref�gio em seus galhos aconchegantes. Lembrou que todos estavam sob a sombra generosa que as folhas propiciavam, e apontou para alguns insetos que passeavam, ligeiros, pelo tronco gentil. Falou, ainda, das muitas vidas que encontram guarida naquele flamboyant desprendido, como liquens, musgos, pequenas brom�lias e outras tantas formas de vida que se podia perceber. "Eis o que percebo, professora", falou Pedro, com a espontaneidade de um pequeno-grande poeta. A educadora, ainda embevecida com a aula que acabara de receber, falou amavelmente: "voc� tem raz�o, Pedro. Definir este pequeno universo simplesmente como uma �rvore, � matar toda a sua grandeza e majestade." Existem pessoas que n�o percebem os flamboyants floridos em pra�as, bosques e ruas. Elas s�o muito ocupadas para perder tempo com coisas sem import�ncia. Tem pessoas que definem flores e folhas apenas como sujeira indesej�vel. Outras preferem cortar �rvores de dezenas de anos, para que n�o rachem seus muros e cal�adas de cimento. Existem tamb�m aquelas para as quais os flamboyants representam alguns cifr�es. Cortados, poderiam oferecer madeira para lenha ou se transformar em belos m�veis. E h� aquelas pessoas, como o pequeno Pedro, que v�em muito mais que uma simples �rvore. V�em o aut�grafo do Criador, na majestosa obra da natureza. E voc�, a que grupo de pessoas pertence? *** Reverenciar a vida � respeit�-la na sua mais ampla forma de express�o. Albert Schweitzer, o not�vel e mundialmente famoso mission�rio, m�dico, musicista e fil�sofo da Als�cia, conta, em seu livro autobiogr�fico intitulado minha inf�ncia e mocidade: "Achava inconceb�vel antes mesmo de freq�entar a escola que, na ora��o da noite, s� me mandassem rezar pelos homens. Por isso, depois de mam�e orar comigo e dar-me o beijo de boa noite, eu acrescentava, por conta pr�pria, uma pequena ora��o suplementar, de minha autoria, em nome de todos os seres humanos, dizendo: Bom Deus, protegei e aben�oai tudo o que respira, preservai-nos do mal e fazei-nos dormir tranq�ilamente!" Um garoto de apenas sete anos de idade, com uma consci�ncia l�cida sobre o que � reverenciar a vida. Apenas um menino, mas certo de que amar a Deus sobre todas as coisas quer dizer, em primeiro lugar, respeitar sua obra, e todas as coisas por ele criadas. Autor: Equipe de Reda��o do Momento Esp�rita, com base no livro "Minha inf�ncia e mocidade", de Albert Schweitzer, Edi��es Melhoramentos, S�o Paulo. |
Educadores do Núcleo: Marcos Arakaki(Inglês) Maria Divanira ( Ciências Naturais) José de Arimatéia(L.Português) Oneide Moura ( Ciências Humanas) Douglas Alexandre(Matemática) Jailton Oliveira(Matemática) Gicélia Pontes( Pac) Jonhatas(QP) Danilo Gomes(QP)
sábado, 11 de setembro de 2010
Um aluno diferente
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